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Crise no Mercado de TI: Será?

Entre a Escassez de Talentos e a Insatisfação Profissional

A dimly lit indoor setting featuring a laptop with a webpage titled 'Server Colocation' on the screen. In the foreground, a cup of coffee sits on a wooden table beside a potted plant. Through the window in the background, green hills and a cloudy sky are visible, providing a contrast to the darker interior.

A white mask with distinct black features is placed on an open server tray in a data center or server room. The server is equipped with various LED indicators and network ports, suggesting an active setup.

Ainda visto como um setor promissor, o mercado de Tecnologia da Informação (TI) enfrenta uma realidade paradoxal: enquanto empresas globais lutam para contratar profissionais qualificados, os trabalhadores denunciam salários defasados e jornadas exaustivas. Um estudo encomendado pela Gi Group Holding, em parceria com o Politecnico di Milano e a INTWIG Data Management, revela que 45% das empresas têm dificuldade para preencher vagas — e 50% dos profissionais de TI consideram as condições de trabalho insustentáveis.

No Brasil, o desafio é ainda maior:

Apenas 10,9% das empresas não enfrentam obstáculos na contratação de talentos.
43,7% das organizações travam uma batalha para encontrar profissionais com habilidades digitais avançadas.
Enquanto a demanda anual por especialistas em TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) chega a 159 mil, o país forma apenas 53 mil pessoas por ano em cursos da área.

O descompasso entre oferta e demanda:
Segundo Mariana Oliveira Rolim, diretora executiva da Brasscom, o déficit de profissionais qualificados pode atingir 530 mil vagas não preenchidas até 2025. “As empresas precisam de talentos especializados, mas a formação atual não acompanha a velocidade das inovações tecnológicas”, alerta.

Do outro lado, a insatisfação dos profissionais:

19% dos trabalhadores de TI rejeitam propostas por salários abaixo das expectativas.
50% criticam jornadas excessivas e falta de equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.
Fatores como modelo de trabalho flexível (15%), agilidade em processos seletivos (12%) e valores éticos das empresas (10%) são decisivos na aceitação de vagas.

Um alerta para o futuro:
Se o Brasil não investir em educação tecnológica e em políticas de atração e retenção de talentos, o abismo entre a demanda do mercado e a qualificação da mão de obra continuará a crescer — colocando em risco a competitividade do país na era digital.

Fontes: Gi Group Holding, Brasscom, Politecnico di Milano (Dados atualizados em 2023).

Entre a Escassez de Talentos porque tantas vagas demoram a serem preenchidas? Será se o empregador também não esta exigindo muito conhecimento para um único profissional imaginando que ele será igual a uma IA e esquece que sim é um HIH (Humano Inteligência Humana)